Ou você nasce com sorte ou fica aguardando a próxima reencarnação para ver se as coisas melhoram.

Eu tive muita sorte ao longo da vida. Uma prova, a quantidade de bons amigos e colegas de talentos tão gigantescos aos quais nunca poderia retribuir a altura o que recebi e recebo deles. Mas é assim. Repito, ou você tem sorte ou...

Orlando Brito é um caro amigo e brilhantíssimo colega que a mencionada sorte me deu. Para mim Brito é simplesmente um gênio. Não precisamos esfregar uma lâmpada para que apareça o gênio, apenas olhar seus milhares de fotografias, muitas premiadas por jurados de todo o mundo.

Conheci pessoalmente Brito no Clube de Imprensa de Brasília, num dos jogos na quadra de futebol de salão, nos primeiros anos da década de 70. Ele era bom com a bola no pé mais com a câmara um fenômeno. Sim são muitos adjetivos porem ele fez justiça a todos na sua prolongada e vitoriosa carreira.

Não falarei sobre a boa pessoa que Brito é. Este seria um artigo interminável.

Seus livros e prêmios: O Perfil do Poder (1981); Senhoras e Senhores (1992); Brasil: de Castello a Fernandos (1996); Poder, Glória e Solidão (2002); Iluminada Capital (2003) e Corpo e Alma (2004). Ganhou o prêmio World Press de 1979, na categoria de sequência fotográfica; Press Photo do Museu Van Gogh de Amsterdam, onze prêmios Abril entre 1983 e 87, passando a ser considerado hors concours neste certame. Foi contemplado com a bolsa Vitae de Fotografia em 1989. Várias exposições individuais e obras no acervo de diversos museus do mundo.

Fez viagens por mais de 60 países, em coberturas presidenciais, papais e esportivas, como Copas do Mundo e Olimpíadas para vários grandes meios de comunicação. É incansável. Certamente deve estar trabalhando em outros livros, em imagens que surpreendem, informam, emocionam, como destacar ainda mais a OBrito News, Os Divergentes.

Brito conta que foi marcado por uma definição: "o depois não existe, principalmente quando se lida com imagens".

Para este modesto escriba é maravilhoso soltar a palavra que aperta nosso peito, que quer escapar dos redemoinhos dos pensamentos infrutuosos, a palavra que busca aliviar o coração. Assim Orlando Brito, com toda a minha admiração, solto a palavra: Grato