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Cultura computacional - Carlos Acurso

29/07/2020 00:00




O Professor na Cultura Computacional 

Por Carlos Acurso **

Um professor especialista em sistemas de computação de dados treinará futuros técnicos. Um desses especialistas desenvolverá programas que darão suporte ao trabalho de ensino usando o computador como ferramenta.

Todos os professores serão responsáveis por formar atitudes para o novo meio. 

Talvez a história universal seja "a história das várias entonações de algumas metáforas". Os diferentes papéis devem estar claros: neste filme, os atores são todos membros da sociedade.

Os técnicos cuidarão das câmeras. Os mestres da direção artística. O roteiro está nas mãos de Deus.

Todo professor tem o dever de não ignorar o clima em que o aluno irá operar quando sair de suas mãos. Você deve conscientizar que novas situações exigem novas abordagens. É sua tarefa entender as novas circunstâncias e treinar na nova visão. 

Saber que isso contribuirá para o desenvolvimento de homens capazes de se adaptar às circunstâncias ou os condenará a um desajuste que vai além do que é meramente instrumental.
 
AQUI TODOS SÃO HONESTOS ...

No entanto, há alguma confusão:
1. Os técnicos falam da necessidade de ensinar o assunto.
2. Os gerentes de que é imprescindível.
3. Os fabricantes de computadores de que é ferramenta utilitária.
4. Os jovens começam a aprender técnicas e acabam operando jogos eletrônicos.
5. Todo mundo concorda que há uma mudança, mas ninguém diz qual é.
6. Pensa-se em termos de ficção científica e as obras concretas não conseguem superar certa superficialidade.
7. Os técnicos são soberbos, os usuários ficam decepcionados e a tia Maria não entende nada.
Todos agem com honestidade e eficiência.

MAS O PONCHO NÃO APARECE

É que a solução nenhum deles vai dar. Mas todos eles. É necessário produzir uma progressão geométrica de uma atitude. Requer homens capazes de compreender o todo.

Esses homens também devem saber transmitir a nova abordagem, orientando quase sem dizer. Comunicar uma mensagem enquanto fala sobre qualquer outro tópico. Ajudando o nascimento da nova visão. Atuando como parteiras de um dogma. Educando.

SUBIR NA ÁRVORE SEM TOCAR NOS GALHOS

Para ser reconhecido como instrutor em qualquer assunto, é necessário atender a certos requisitos. Para ser professor, basta ter um discípulo. Todo pai quer possuí-lo. Alguns professores também.

São esses professores que devem trilhar o caminho do aprendizado. Eles não poderão evitar o contato com certos problemas técnicos. Cada um desses temas tem seus especialistas. O objetivo do professor não é ser um deles. Nem forma-los..

É sobre captar o ambiente.

Para isso é necessário visitar a cidade. Mas não é necessário fazer um plano detalhado disso. É essencial andar com os olhos e os ouvidos alertas. Mas, acima de tudo, com um espírito predisposto a ser fascinado.

Com fé em ... EUREKA "a iminência de uma revelação tem algo estético", mas "o frenesi de chegar a uma conclusão é a mais fatal e estéril das manias". Essa aparente discordância entre Borges e Flaubert não é assim: ambos os conceitos, longe de serem antagônicos, se complementam.

A expectativa gerada pela possibilidade de uma descoberta pode levar a uma busca por definições na tentativa de simplificar o problema.

A aparência da verdade às vezes é menos detestável que a dúvida.

Uma boa definição produz uma aparente tranquilidade. Uma boa pergunta leva ao trabalho. Daí o sucesso das definições.

(Este artigo foi publicado originalmente em www.acursonet.com.ar)
** Carlos Acurso: Educador e filósofo e educador - R.I.P.
Crédito imagem: Pintura Abstrata - Kazimir Malevich


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